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O principal ponto do centro e da atividade comercial de Santa Maria, o Calçadão está na mira da prefeitura para ser completamente repaginado. Um ganho ao contribuinte e, claro, a quem tem loja naquele entorno. A gestão municipal tem trabalhado junto à construtora De Marco Incorporações Imobiliárias - de Erechim e que viabilizará um empreendimento residencial milionário em Camobi - para viabilizar a reforma do espaço. O que, em meio às finanças combalidas da prefeitura, só está sendo possível graças a uma contrapartida da empresa e acordada com a gestão Pozzobom (PSDB).
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Até porque em um governo, que teve de se socorrer a um empréstimo milionário para resolver o problema seríssimo da buraqueira, uma eventual colocação de recurso próprio na reforma do Calçadão seria, no mínimo, uma falta de noção de prioridade. Mas há que se dizer que, neste governo, as parcerias têm se mostrado eficientes e o principal de tudo: resolutivas. Santa Maria dá sinais de que saiu da cidade do projeto, do planejamento e, por vezes, do devaneio para uma ação concreta e que busca resultados, ainda que demorados e, alguns, pífios.
Porém, nessa mais recente movimentação da prefeitura em dar ares de modernidade ao Calçadão, qual será o segmento que irá se insurgir? Basta lembrar a tentativa frustrada da prefeitura de revitalizar a 2ª quadra da Bozano que visava a retirada de estacionamentos para dar mais espaço ao pedestre, o que não aconteceu. Até porque uma meia dúzia de lojistas dali elevou o tom e a prefeitura tirou o projeto da rua.
Agora, não é de se estranhar que alguns comerciantes dali se levantem em coro de contrariedade. Resta saber, contudo, qual seria o choro. É possível que queiram que as obras ocorram aos finais de semana, feriados ou pela madrugada? Talvez o barulho, a poeira, os transtornos de uma obra deem o ritmo de uma eventual reclamação.
Se espera, e muito, que desta vez a prefeitura não recue a uma possível histeria de quem povoa as redes sociais e, quase sempre, parece alheia ao mundo real. E muito menos que ceda, de novo, ao grito e ao provincianismo de meia dúzia de empresários e de lojistas que pararam no tempo.